quinta-feira, 8 de agosto de 2013


Porque tu és terra, te caminho
Porque tu és perfume, te cheiro
Porque tu és vinho, me embebedo
Porque tu és barba, me roço
Porque tu és pele, me esquento
Porque tu és nuvem, me aconchego
Porque tu és carne, te mordo
Porque tu és mar, me banho
Porque tu és música, te danço
Porque tu és lugar, te viajo
Porque tu és comida, me alimento
Porque eu,
Porque tu,
Porque amor.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Para a última entre os avós



Herdamos de ti os olhos castanhos,
As covinhas no rosto,
O sotaque nativo,
O gosto pelo café forte.
As histórias do tempo da roça e da farinha.
As lembranças dos passeios em Três Riachos,
Da bola de sorvete caída no chão,
Das roscas quentinhas que comiamos,
Da melancia gelando no poço da cozinha para comer depois de almoço de domingo,
Risadas e brincadeiras.
Tivemos contigo muitos almoços gostosos, com todos presentes,
Mesinha especial para as crianças, onde até há pouco tempo os primos repetiam isso em tua cozinha, mesmo com vinte e poucos anos.
Somos gratos pela tua força, teu carinho.
Estarás sempre em nossas melhores lembranças.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Vontade


Vontade de escrever poemas, ler outros tantos
Ler aqueles livros indicados.
Tomar café por gosto, não por necessidade.
Vontade de desfrutar do frio em boa companhia.
De mexer na terra e plantar.
Vontade de ter um gato e um cachorro, ver os dois disputando a cama com a tartaruga.
Aprender a tricotar pra fazer a manta tão desejada.
Vontade de ver os 30 filmes não vistos que tenho no computador.
Vontade de baixar outros 30.
Vontade de fazer uma mochila e entrar num ônibus/avião/trem/barco.
Vontade de rasgar um TCC!!!

quarta-feira, 8 de maio de 2013

livre amor


Não quero saber quanto tempo durará
Não me importa, se hoje não estás, se antes já não estiveste e estiveste algumas vezes
Só sei que contigo me sinto livre para deixar fluir as sensações e sentimentos sem me preocupar com qualquer futuro.
É como se a gente voasse juntos por cima de toda estupidez.
Toda essa coisa que as pessoas chamam de amor quando na realidade deveriam chamar de posse e insegurança.
Tudo isso que inventaram para se sentirem donos de algo.
Quando no fundo são todos hipócritas, chamando de amor relações de dependência, que precisam de compromissos firmados - estes só servem pra serem rompidos e sofridos depois.
É como se de cima a gente enxergasse e risse da cara de quem desconhece o quão bonito, intenso e verdadeiro é o amor livre.
Mas pra nós é como se fosse um segredo, como que sem dizer nada a gente soubesse e aproveitasse o que há de melhor.
Menos falar, mais sentir.
Os outros chamam de loucura, mas é tão mais simples!
Para mim, ser louco é viver preso, dever favores, estar com alguém só pra dizer que não é só, manter uma relação pra mostrar que são pessoas sérias e respeitáveis. Enganam-se, não querem enxergar.
Foda-se a aparência! Não quero me enquadrar em nenhum nome, nenhum rótulo. Prefiro viver de liberdade!
Num amor onde duas pessoas vivem o lindo, se encontram, se amam.
Não estão presas, independente de estarem tão perto que viram um, ou de estarem distantes no espaço e no tempo.
Para que nada nos separe, que nada nos una” Pablo Neruda