me ensinastes que nada se possui
me ensinastes que nem eu mesma quero me deixar possuir
muitas vezes quis, te colocar num vidro, fechar a tampa e te colocar em cima da minha praleteira
quis te engaiolar, botar um cadeado, para que não pudesses voar
mas logo tu me mostrou que tuas asas são mais fortes
fazendo com que eu reconhecesse que as minhas também são
pude não ser um objeto sexual,
pude dizer não,
pude aceitar um não,
ainda que me doesse.
e por mais que no momento queira distância de ti, já valeu a pena, todas as doses de liberdade tomada aos golinhos ao teu lado.
Palavras que pra mim significam muito. Palavras que já não sei se me fazem significado. Palavras que passam a não fazer significado nenhum, e que outrora voltam (re)significadas.
segunda-feira, 30 de novembro de 2015
segunda-feira, 16 de novembro de 2015
Imensidão
O sono era inquieto
Madrugada, 3h30 da manhã
Era uma particular noite limpa em meio a uma primavera chuvosa
Fui para o telhado
Olhei para o céu e me deparei, como que pela primeira vez, com a imensidão
Uma imensidão de pontinhos brilhantes, entre aqueles pontinhos, o fundo negro.
Quantas seriam? Por que estariam lá? Pior... Elas realmente estariam lá?
O que preencheria o espaço entre uma e outra?
Continuei a observar as estrelas por alguns minutos
Fui tomada pelo medo
O medo da existência
Para onde iriam todas as coisas?
O que me fazia estar ali?
O que me fazia ser?
Diante daquilo tudo estavam meus sentimentos de medo, incerteza e solidão
A única coisa que eu tinha era eu mesma
Voltei para a cama
Eu queria fugir daquilo tudo
Entrei de baixo de dois cobertores
Me encolhi e me cobri por completo
A única coisa que eu tinha era a minha própria proteção
O meu próprio conforto
Eu que outrora apreciei as estrelas, encontrei nelas beleza e inspiração
Sentia-me assustada, diante de uma mesma visão
Aos poucos me dei conta, que eu também sou, assim como um céu estrelado, um universo de possibilidades
Percebi que eu mesma também sou
A própria imensidão
Madrugada, 3h30 da manhã
Era uma particular noite limpa em meio a uma primavera chuvosa
Fui para o telhado
Olhei para o céu e me deparei, como que pela primeira vez, com a imensidão
Uma imensidão de pontinhos brilhantes, entre aqueles pontinhos, o fundo negro.
Quantas seriam? Por que estariam lá? Pior... Elas realmente estariam lá?
O que preencheria o espaço entre uma e outra?
Continuei a observar as estrelas por alguns minutos
Fui tomada pelo medo
O medo da existência
Para onde iriam todas as coisas?
O que me fazia estar ali?
O que me fazia ser?
Diante daquilo tudo estavam meus sentimentos de medo, incerteza e solidão
A única coisa que eu tinha era eu mesma
Voltei para a cama
Eu queria fugir daquilo tudo
Entrei de baixo de dois cobertores
Me encolhi e me cobri por completo
A única coisa que eu tinha era a minha própria proteção
O meu próprio conforto
Eu que outrora apreciei as estrelas, encontrei nelas beleza e inspiração
Sentia-me assustada, diante de uma mesma visão
Aos poucos me dei conta, que eu também sou, assim como um céu estrelado, um universo de possibilidades
Percebi que eu mesma também sou
A própria imensidão
Assinar:
Postagens (Atom)