sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

borboletas no estômago


Borboletas no estômago.
Ou melhor, um jardim inteiro no estômago!!!
Não me venha passar roundup no meu jardim.

dez/2014

20/08/2014, 8h00.


Hoje quando o relógio despertou, eu estava sonhando contigo... E algo me prendia naquele sonho, foi tão estranho, não saber se o que era real era o beijo teu ou o despertar na minha cama. Logo percebi que a cama era o real, mas por um momento pressionei o rosto no travesseiro um pouco mais, como se pressionasse a minha bochecha na tua. Pude te sentir mais um pouquinho, em seguida abri os olhos e um sorriso pro dia que começou.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

reflexões no terminal urbano

A cidade continua ali.
Suada,
suja,
fedida.
Com toda sua arrogância.
Fragmentada,
cimentada,
com pressa.
Exigente, a cidade quer roupa boa,
cabelo liso,
cara maquiada,
perna depilada.
A cidade é uma grande fritadeira de neurônios.
Frita e os vende mais barato que batatinha.
Ela quer que tu se debata,
crie olheiras,
compre mais.
Ela quer ter pessoas jogadas pelos cantos,
pra ter de quem sentir nojo,
pra ter a quem humilhar.
A cidade continua ali, vai continuar.
E apesar de tudo, até a imperfeição é perfeita.
Quem vai dizer que não era para a cidade ali estar?

fev/2015

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Deixando para trás


Eu quero mais é que passe
esse dia cinza,
esse tempo de marasmo.
Eu quero mais é que se dane
o dinheiro pra cerveja,
e pro cigarro enrolado.
Eu quero mais é que lixe
a preocupação com o chão limpo,
e as paredes brancas.
Eu quero mais é que se exploda
a preocupação com o amanhã,
e o apego pelo que não existe mais.
Eu não quero nem saber
o que tem pra passar no pão.
Eu não quero desejar coisa alguma
nem mesmo o próprio pão.
Eu quero mais é dar risada desse momento.
E deixar, também, esse poema pra trás.

fev/2015